quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Momento Próspero




Lembro-me de um professor na época em que cursava o seminário teológico. Ele não desejava próspero ano novo, como muitos desejam, mas dizia: “que eu possa fazer você próspero, pelo menos um dia nesse próximo ano”. Isso realmente tem fundamento pois muitas vezes desejamos prosperidades para as pessoas, mas nem sempre fazemos algo para prosperar aqueles com quem convivemos. Se Jesus morasse na cidade que vivemos e vivesse a vida como a maioria da população, quantas pessoas não colocariam carros a sua disposição? Quem sabe até não lhe doariam quantias orbitais? Será que não comprariam uma bela casa para ele? Só que nos esquecemos que não fazemos nenhuma porcentagem dessas coisas para aqueles que vivem ao nosso redor. Talvez não seja necessário fazer muito. Basta fazer próspero um dia, algumas horas ou apenas algum momento. Afinal a boa e velha declaração de Jesus continua a mesma:

“...quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”

(Evangelho de Mateus 25.40)

Feliz Ano Novo

Por Luiz Augusto

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Jesus, obrigado porque você veio




Como seria o mundo se Jesus não tivesse vindo? Em que nos apoiaríamos quando nos sentíssemos sós, desamparados ou injustiçados? Que esperança teríamos ao vermos a força da morte imperando entre os homens? Não poderíamos dizer como Pedro: “Para onde vamos nós? Só tu tens as palavras de vida eterna.” No entanto, a vinda de Jesus nos fornece a esperança para tudo que vivemos neste mundo. Quando nos sentimos sós, ele nos diz: “Estou contigo todos os dias até os fins dos séculos.” Quando assistimos a morte operando, ouvimos: “Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.”
Se hoje podemos ouvir essas palavras é porque ele veio até nós. È pena que para muitos, Cristo ainda não nasceu; muitos por ignorância; outros por opção. Ainda pode-se dizer para muitos que “a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz.” Ele veio e o mundo não foi mais o mesmo. Se não tivesse vindo, não haveria sentido para nossa vida. A morte seria vista como o fim e nada poderia nos consolar. Mas por ter vindo podemos dizer; “onde está ó morte o teu aguilhão? Onde está ó morte a tua vitória?" Ele veio. E ele disse porque veio: “Eu vim para que tenham vida, e vida em abundância”. Um de seus discípulos – João – também nos informa porque ele veio: “para destruir as obras do diabo.” Devemos ser gratos por sua vinda, afinal não há nada em nós que o possa atrair. Ele veio não porque merecemos, mas é por pura e genuína graça. Deveríamos dizer como Pedro: “afasta-te de mim, que sou homem pecador”. Mas ainda que disséssemos, ele nos diria: “Segue-me”.
Ainda bem que ele se importou e veio até nós.

Que hoje possamos simplesmente dizer:

OBRIGADO JESUS, PORQUE VOCÊ VEIO.

Mas para os que estavam aflitos não haverá mais obscuridade... O povo que andava em trevas, viu uma grande luz; sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz. (Isaías 9.1,2)

Feliz Natal para todos.

Luiz Augusto

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Doutrina seca, Igreja seca


A luta por uma igreja saudável deveria ser um dos elementos principais dos filhos de Deus. Principalmente entre aqueles que a presidem. O quadro que vejo nos últimos anos, me faz desejar escrever um pouco. Sei que muitos podem criticar mas não vejo outra opção senão levar um pouco de reflexão - pelo menos tenho procurado fazer isso com fontes honestas. Não é apenas a minha experiência pessoal não; é também a de muitos que tenho conversado e que têm sido vítimas da ignorância e principalmente teimosia de um sistema de líderes irredutíveis que têm levado comunidades inteiras a certos ideais próprios. Muitos deles, convictos de que suas igrejas estão realmente cumprindo o chamado de Cristo. Qual o fenômeno observado? Uma igreja rasa que mal conhece as coisas simples do Evangelho, e que vive mistificando e excluindo e quase nunca realizando e incluindo.

Não se pode esperar que isso resulte num relacionamento saudável entre Igreja e Deus, e Igreja e sociedade. Crer corretamente, inevitavelmente influenciará o praticar corretamente. Portanto, se o praticar está comprometido, a causa está na base; nas crenças. Se os líderes fizessem um balanço sobre se suas igrejas estão realmente satisfeitas com a posição em que se encontram - digo com base no depoimento de muitos irmãos - se surpreenderiam o quão secos muitos têm se sentido. O grande problema do protestantismo ou evangelicalismo moderno atual, é que o modelo adotado não é diferente daquele adotado pelo romanismo: mais fundamentado em tradições do que em profundas proposições coerentes. Os protestantes brasileiros não sabem quem são; não conhecem sua história. Se conhecessem, saberiam que muitos costumes que adotaram no dia-a-dia da Igreja, não possuem nenhum fundamento nas Escrituras.

Uma das partes mais difíceis nesse trabalho é essa: convencer os líderes a examinar a Bíblia nos originais e pôr à prova as suas crenças. Como é difícil tentar convencer um pastor que sua opinião está em desarmonia com a ordoxia! Que sua teologia é fundamentada na superficie. O fundamento perfeito, é aquele sondado e extraído da fonte correta e não aquele que é estribado no "achismo" pessoal ou coletivo. Não é necessário muito tempo para descobrir o quanto uma congregação é seca em sua práxis diária, basta conversar com seu líder por 5 minutos e será possível definir se a congregação a qual Deus o comissionou é saudável ou não. Podemos ser árvores frondosas ou apenas galhos secos, assim como podemos ser rios fartos ou apenas terras secas. Depende de nós mesmos.

O Rev. Dr. Héber Carlos de Campos disse: ”O crescimento do protestantismo no Brasil é como um grande rio que se espraia por todos os lados, porém raso e sem profundidade”.[1]




Por Luiz Augusto




[1] Heber Carlos de Campos: É Pastor Presbiteriano; Doutor em Teologia Sistemática pelo Concórdia Theological Seminary, EUA; Mestre em Teologia Contemporânea pelo Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição, Brasil; Professor titular de Teologia Sistemática do Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Igreja Abandonada II



Tenho concluído que muitos já não querem a verdade. Isso é uma lástima! Digo isso pois tive a oportunidade, como professor de Teologia, de lecionar mais de 25 matérias teólogicas em alguns seminários interdenominacionais e alguns denominacionais e observei, dessa experiência, além daquelas tiradas do próprio convívio das comunidades de fé, que é comum ver a aceitação de certas posições erradas dentro da Igreja Cristã, como se fossem verdades absolutas. Esse é reflexo de uma cultura protestante pobre de conteúdo onde a verdade cristã é ocultada e substituída por tantas corrupções.

Dizemos querer um avivamento e uma reforma mas quando qualquer pessoa se levanta propondo mudanças decentes e apropriadas, diminuindo o abismo do que era a Igreja do primeiro século e a atual, suprimimos ou pelo menos preterimos as possíveis idéias. Será que aqueles que agem dessa forma não fariam o mesmo que o Sinédrio do passado fez com Jesus? Será que também não perseguiriam Martinho Lutero como fizeram alguns de sua época?


A conclusão do que se observa é que não há interesse de nenhuma mudança positiva pois nenhum passo é dado para isso. Tampouco se aceita a possibilidade de diálogo e investigação para ver o quanto de equívocos ultrapassados há dentro do Cristianismo. A verdade é que muitos querem a Igreja como está: ignorante e manipulada.

Luiz Augusto