terça-feira, 21 de abril de 2009

IGREJA - O ASSUNTO DE EFÉSIOS


Tenho examinado minuciosamente a Epístola de Paulo aos Efésios. É obra espetacular que revela o valor da Igreja. Transcrevo parte do livro do Dr. Broadus David Hale, Introdução ao Estudo do Novo Testamento, que tanto expressa o valor desse escrito paulino para a fé.


Se fosse realizada uma eleição para decidir qual seja a maior das cartas de Paulo, Romanos provavelmente seria escolhida; mas, a Epístola aos Efésios seria uma segunda, muito próxima. Esta epístola foi acertada­mente denominada a "Rainha das Epístolas". João Calvino dizia que ela era sua favorita. Quando João Knox estava moribundo, em sua cama, ele freqüentemente pedia que os "Sermões Sobre a Carta aos Efésios", de Calvino, fossem lidos para ele. Samuel Coleridge, um grande poeta e filósofo do século passado, chamou-a de a mais divina composição da literatura.
A foto é da Briarwood Presbyterian Church - BIRMINGHAM, ALABAMA.

PREPARE-SE PELO AMOR DE DEUS


Assumir um púlpito para pregar é tarefa das mais urgentes, e por sua importância, das que mais necessitam de aprendizado.

Ninguém se atreve a realizar tarefas sem estar qualificado para desempenhá-las. Ninguém se aventura a defender sua própria causa diante de um tribunal de justiça, argumentando com um juiz. Para isso escolhem os melhores juristas e advogados para defender seus direitos. Tampouco são capazes de realizar cirurgias, tanto nos outros como em si mesmos. Ao contrário, se entregam aos cuidados dos profissionais de saúde acreditando nas destrezas dos que possuem habilitação para o tratamento médico. Jamais se arriscariam a pilotar uma aeronave com trezentas pessoas a bordo, levando-as de um aeroporto a outro sem antes aprenderem o ofício da aviação. Para as questões de ordem humana as pessoas se sentem incompetentes e se submetem àqueles que dominam seus ofícios ou estudam quando querem exercer determinada profissão, mas para o serviço da fé, aqueles que abrangem os assuntos de ordem eterna, se sentem prontos, capazes e idôneos sem nenhum tipo de preparo. Com isso empobrecem o valor da tarefa cristã assumindo que esta pode ser realizada de qualquer maneira, enquanto que as demais tarefas da vida que são, do ponto de vista humano, passageiras, devem ser realizadas com preparo e grande empreendimento de tempo. São mais cuidadosos com suas profissões do que com seus ministérios. Bem disse Richard Baxter ao povo de Kiddermister:

“Se vós apenas desejásseis obter o conhecimento de Deus e das coisas celestiais tanto quanto desejais saber exercer vossa profissão, já teríeis vos lançado a este empreendimento, sem vos importardes com o custo ou as dificuldades, até que o tivésseis obtido. Mas vós dedicais de bom grado sete anos a aprender a profissão, e nem um dia, em cada sete, quereis entregar ao aprendizado diligente das coisas concernentes à vossa salvação.”[1]
[1] STOTT, John. O Perfil do Pregador. 4 ed. São Paulo: Sepal, 2000. p. 32


(Este é o trecho de uma apostila de homilética que preparei e que pretendo um dia lançar como livro) Luiz Augusto